sexta-feira, 29 de junho de 2012

"Naturalização de valores: Consumo de Carne e derivados animais". Trabalho de avaliação 2° Bimestre para o terceiro ano do ensino Médio. (Colégio Manaceia).

O que é naturalização de valores?
É o processo que faz com que as pessoas pensem que valores que são históricos e culturais sejam entendidos como naturais (ou seja necessários e inatos) aos seres humanos.

Naturalizamos de valores e consumo de carne e derivados animais.
Abaixo encontram-se 1 vídeo e 2 textos que podem nos ajudar a discutir este tema. No final da postagem também existe mais 2 links para dois outros vídeos clássicos sobre este hábito de consumo humano.


Vídeo sobre o tema naturalização do consumo de carne:


Textos sobre o mesmo tema:
Texto 1:
Material de propaganda de carne feito para crianças
Os hábitos alimentares, saudáveis ou não, são aprendidos, mantidos e dificilmente mudam. Por qual motivo isso acontece? O comportamento alimentar está naturalizado no cotidiano das pessoas, o que acarreta certa acomodação, pois raramente pensam ou refletem sobre suaalimentação. Além das questões genéticas que influenciam a escolha dos alimentos, a mídiatambém é outro fator notável, assim como a cultura alimentar de determinados grupos sociaisque contribuem para que o indivíduo não busque por sabores e nutrientes diferentes daquelesque estão acostumados a consumir.
(http://pt.scribd.com/doc/81857891/QUESTOES-SOBRE-CULTURA-ALIMENTAR-E-ESTILO-DE-VIDA-VEGETARIANO-PRONTO  )
Texto 2:
Em nossa sociedade, a relação entre homens e animais permeia várias esferas da vida social. Genericamente, os animais estão presentes como companheiros na vida doméstica, como alimento nos momentos de refeição, como meio de transporte, em carroças, como trabalhadores braçais em contextos rurais , como  cobaias  em experimentos científicos, como entretenimento em circos, zoológicos  ou  jogos  populares, como  vestimenta,  ao  usarmos  suas  peles  (couro,  lã  e outras pelagens  animais)  e,  mais  raramente  em  nossos  dias,  como  um  alguém  sacrificado  em  ritos religiosos, intermediando homens e deuses.
Há,  portanto,  situações  em  que  determinadas  espécies  são  mais  individualizadas  e humanizadas (animais de estimação) e situações em que são tratados como outros objetos de uso ou consumo diário (alimentação, vestuário e em experimentos científicos em laboratórios de pesquisas médicas). É o lugar de cada animal no sistema de classificações que define o comportamento humano em determinadas situações, como as descritas a cima.
Sabemos que as classificações dependem do nosso afeto e  nossas  práticas  são,  consequentemente,  pelos  sentimentos  intrinsecamente permeadas. Por exemplo, classificar seres como comestíveis e não-comestíveis depende de uma relação mais ou menos afetiva social e pessoalmente instituída. Se muitos de nós se relacionam com cachorros e gatos como com um parente próximo, a idéia de comê-los causaria, em geral, a mesma repulsa que a idéia de comer um humano, soaria como algo estranho e condenável. Se a proximidade que  temos  com  os  animais  de  estimação  é  mais  fortemente vivenciada do que a proximidade com vacas e porcos, os quais se consome, por outro lado, estes seres estão, na nossa taxonomia biológica em uma mesma categoria: a dos mamíferos, como os humanos. Em outras palavras, por um lado, parte de nosso sistema classificatório coloca cães, gatos, vacas e porcos em uma mesma categoria, da qual nós mesmos, enquanto espécie humana fazemos parte  (todos  são mamíferos). Entretanto, as relações  sociais entre homens e cada espécie  de mamíferos, varia enormemente: os dois primeiros são tratados como pessoas (são singularizados, recebem nome, possuem identidade, passam por processo de educação, tais quais crianças humanas, e possuem personalidades, segundo seus donos) e os dois últimos, são, ao contrário, sobretudo nas grandes indústrias de alimentos, objetificados, ou tratados como matéria prima para consumo.
Para alguns indivíduos vegetarianos  e  veganos, ativistas que reivindicam  o que  hoje chama-se direitos dos animais, essa suposta contradição em ter uma consideração moral por alguns animais, nossos “irmãos” na escala evolutiva da vida, e não tê-la por outros, é sistematizada nas seguintes frases, encontradas em adesivos ou camisetas: “se você ama uns, por que come outros?”, ou “porcos são amigos, eu não como meus amigos”, ou ainda, “mimamos alguns [cachorros e gatos ao lado, com roupas e acessórios supostamente excessivos] e escravizamos [vacas na indústria de leite e galinhas em uma granja industrial] ou assassinamos outros”.
No caso de nosso estudo, a contradição entre saber que “todos somos animais” e que nem por isso comê-los é considerado um ato imoral ou uma espécie de canibalismo, se explica pela existência de outros símbolos que competem no jogo de argumentação, entre vegetarianos e não vegetarianos  e nos evidenciam uma certa perspectiva cultural.


(http://antropologias.descentro.org/seminarioppgas/files/2011/10/VERGOTTI_Mayra_trabalhocompleto.pdf)

Mais uma matéria mais informal sobre o tema. http://coletivovida.blogspot.com.br/2011/08/naturalizacao-do-horror.html

Para se interessou mais alguns vídeos sobre o tema:
A Carne é Fraca: http://www.youtube.com/watch?v=EvP2Qy4ZEzA
Terráqueos: http://www.youtube.com/watch?v=vPtrekRyTMA

Um comentário:

Diego Felipe S Q disse...

Devido a atraso na postagem da questão. A data de entrega deste trabalho esta prorrogada para dia 9/7.

"SER RADICAL É TOMAR AS COISAS PELA RAIZ" (KARL MARX)

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