quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A conquista de 2 tempos de aula para Filosofia e Sociologia no Estado do RJ.


Recentemente foi publicado pela secretaria de educação do Rio de Janeiro uma nota pública em seu site e página nas redes sociais sobre o aumento da carga horária de Filosofia e Sociologia para o ano de 2017. Conforme foi publicado em diário oficial em maio de 2016, teremos um avanço significativo no que diz respeito a pauta docente de “nenhuma disciplina com menos de 2 tempos de aula por semana”. Uma boa notícia para centenas de professores que hoje encontram-se precarizados em condições de trabalho e possibilidades pedagógicas.



Pois para complementar sua carga horária muitos professores são obrigados a trabalhar em diversos colégios e acumular um número enorme de turmas, diários e obrigações burocráticas. Ganham também os estudantes que vão ser assistido com aulas mais ricas e elaboradas.
O aumento da carga horária de Filosofia e Sociologia é um fruto de uma luta de anos, que começou em 2012 logo após a mudança da matriz curricular que retirava um tempo de aula das disciplinas no 1° ano do ensino médio. Mudança promovida por Wilson Risolia, economista que enquanto secretário de educação secundarizou a formação humana para produzir números positivos para o governo nas avaliações externas de ranqueamento da educação. Durante estes 4 anos tivemos 3 greves, onde os professores de Filosofia e Sociologia fizeram valer suas pautas nos mais diferentes fóruns deliberativos da educação.
Como está apontado pela SEEDUC em 2017 teremos o aumento de um tempo de aula no 1º ano do Ensino médio, e 2 tempos de aula em todos anos do Ensino médio em 2018. No entanto, nem de longe o que temos pela frente são flores. A nível nacional o MEC retirou a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e Sociologia, um estrago que só vamos poder calcular depois da definição da base nacional curricular. Convidamos toda a sociedade para defender a medida de aumento da carga horária de Filosofia e sociologia no rio de Janeiro, em prol de um ensino voltado a criticidade e reflexão. E também para lutar conosco pela defesa destas disciplinas ameaças a nível nacional pela reforma do MEC. Queremos uma matriz curricular enriquecida para os estudantes da educação pública.

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