sexta-feira, 29 de novembro de 2024

DanDaDan é peculiar: Rogério Skylab, fantasmas, alienígenas e choro.

     As vezes paro para ver produções da industria cultural que estão fazendo sucesso com os jovens para qual leciono, pois acredito que para ensinar precisamos entrar um pouco no "mundo dos estudantes". Recentemente fui assistir o anime Dandadan Dan na Netflix. O estilo de traços distorcidos e muitas vezes grotesco já tinham me despertado algum interesse, assim como a premissa absurda do enredo que parece que foi escrito por Rogério Skylab. Parece mesmo, uma zueira total onde o personagem principal perde seu órgão sexual tal como a música "cadê meu p@u". O anime tem um ritmo estranho, é super super caricato e gira em torno de questões pessoais adolescentes. Tem lutas legais envolvendo alienígenas, fantasmas e umas partes "demasiadamente sensuais". No geral, estava achando bem engraçado e útil para entender o tipo de apreciação estética e narrativa a nova geração está consumindo. Afinal de contas, um anime que tem uma alma penada de uma velha debochada presa em um corpo de gato de brinquedo não tem como ser ruim. Mas os primeiros episódios, nada demais.
    Até que veio o 7° episódio chamado "Rumo a um Mundo Mais Gentil", que PEDRADA!!! De certa forma já tinha percebido algo similar no anime Zoom 1000 que também possui um estilo de narrativa similar e mesmo assim consegue falar de temas políticos e sociais muito sérios, tais como depressão e exploração extrema do trabalho. Putz, o anime do nada conseguiu apresentar por meio de uma relação entre mãe e filha uma tragédia de fazer chorar. Tudo muito lindo, o desenho, a trilha e o amarrar com a história. Não tem como não se emocionar. Realmente este anime é algo peculiar
 

Nenhum comentário:

"SER RADICAL É TOMAR AS COISAS PELA RAIZ" (KARL MARX)

Visualizações de página do mês passado